Feedback dos leitores #03 — O louco e divertido divã da caixa de comentários do rivotravel

Eita, mais uma edição do divã do rivotravel — um passeio pelos comentários feitos por vocês em nossas matérias aqui no site. Então pega a caixa de lencinhos de papel para enxugar as lágrimas (de choro? de riso? de riso nervoso?) e vem comigo.

 
 

Vamos começar pelo relato da leitora que se identificou apenas como Dayane, na matéria “E aí, fez boa viagem?”. Ela conta de uma vez que comprou um voo da Latam que ia para Buenos Aires, uma hora e quarenta minutos de voo, tudo certo, tudo lindo. “Entrei no avião, maridão na janela doido pra ver as cataratas e a usina hidrelétrica e eu já congelada na poltrona. Pro azar da minha cabeça panicada, o avião ficou taxiando por HORAS (obviamente que isso é exagero) e nisso já começou a me faltar ar. Na última volta eu só tive tempo de chamar meu marido e dizer: não tô leg…ploft, desmaiei em pleno processo de decolagem. Só sei que quando acordei a galera não tava muito feliz comigo, já que atrasei o voo em meia hora. Fiz todo o trajeto dopada e não vi o pouso. FOI A PIOR VIAGEM DA MINHA VIDA!”

Caramba, muito tenso mesmo, Dayane! Eu também odeio quando o avião fica taxiando por horas (taxiar é quando ele se locomove em terra, como por exemplo do terminal do aeroporto, após o embarque, até a posição correta para a decolagem). Sofro horrores! Mãos suando, respiração ofegante. O tempo não passa mesmo. Nunca desmaiei dentro de uma aeronave, só as vezes nas quais “apaguei” por conta do remedinho. Mas deve ter sido terrível mesmo, a sensação pré-desmaio, a tontura e tudo mais.

E ela continua o relato:

“Na volta decidimos que as próximas férias será no Chile e eu já estou indo na psicóloga, fazendo acupuntura e procurando panicados iguais a mim desde então pra ver se a viagem vai ser no mínimo sem desmaios. Li quase todas as matérias e comentários, e me sinto exatamente como muitos relatos. Toda vez que vou pra um aeroporto tenho a impressão de estar indo rumo à morte iminente, sempre analiso se tem muitas crianças em voo, porque se existe alguma força superior por aí, ela não vai querer que tantas crianças morram não é mesmo?

Enfim, me senti em casa lendo o blog hahaha”

<3 Obrigado, Dayane. Conte sempre conosco. Se pudermos te deixar um pouquinho menos panicada, mesmo que só um pouco, já ficamos felizes.

Agora vamos para o relato abaixo, ma mesma matéria:

 
 

Ixi, a mesma duração do voo de Dayane? Será que foi a mesma viagem? Socorro! Adorei o “bater a cabeça que nem roqueira”, em referência aos típicos movimentos com o pescoço para frente e para trás que os amantes do rock fazem nos shows. Eu também “bato cabeça” quando estou dentro de um voo. Será que é algo comum entre nós, panicados? Mas acho que faço de modo mais devagar, não fico vermelhão, não. Ir e voltar toda hora do banheiro? Essa é a minha praia também!

O outro relato que nos mandou foi Helly Luane, na matéria “Assustadores, mas bonitinhos os aviões”. Ela mora com a família na Califórnia e relata uma vez que decidiram ir ao Havaí, em um voo de 5h, mas que custou dois meses de terapia pra aceitar a ideia. Ela foi confiante para o aeroporto, com o pânico controlado, pensando em todas as pesquisas que havia feito — e é verdade, quem tem aerofobia adora uma pesquisa, e isso é bom para entender um pouco mais de como funciona um avião. “Passada a decolagem que é o pânico absoluto, em mais ou menos uma hora de voo pegamos uma turbulência moderada o que pra mim já foi horrível, daquelas que não é suficiente chacoalhar, o avião dá umas caidinhas. Naquele momento eu perdi a dignidade e comecei a chamar os comissários de bordo, não sei porque, mas eles me passam uma tranquilidade só de estar ali, meu marido não sabia onde pôr a cara . Meu sonho é poder ser anestesiada no embarque e acordar só depois do pouso, será que é pedir demais?”, relatou Helly.

Acho que o sonho de todo mundo que sofre de fobia de voar é esse, né? Nem ver o momento do embarque e do desembarque. Será que não existe algum serviço de pegar a pessoa medicada em domicílio, levar para o aeroporto, “despachar” e depois fazer a retirada no destino, transportando para o hotel? Um sonho…


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