Feedback dos leitores #02 — O louco e divertido divã da caixa de comentários do rivotravel
Foi muito divertido fazer a primeira matéria dessa série aqui no site. E para me animar e dar continuidade à série, resolvi catalogar os inúmeros comentários nesses quase cinco anos de rivotravel e separar tudo por temas. Deu um trabalhão! Fazer a seleção já foi cruel, pois são muitos comentários, um melhor que o outro. Tem várias categorias que eu criei e que deram super pano pra manga, como “bafões a bordo” e “como tudo isso começou?”. Bem, sem mais delongas, para dar sequência ao “Feedback dos leitores”, resolvi apostar em um tema que é o queridinho dos panicados: as fatídicas turbulências. As matérias que escrevi e que abordam o assunto são “best-sellers”. Que atire o primeiro frasco de calmante quem nunca segurou firme no braço do assento quando o avião começou a dar os tremeliques.
Se bem que (sempre tem um “se bem que”, não é mesmo?) nesse quesito eu sou abençoado. Nunca peguei uma trepidação mais forte, dessas que fazem a mão suar e até mesmo um grito de socorro sair da garganta seca pelo ar-condicionado. E sabe aquelas quedas no ar, no melhor estilo montanha-russa e que parecem durar uma eternidade? Nunca vi, só ouço falar. Mas pensando aqui, talvez eu até já tenha estado em um voo assim, mas com o meu santo remédio na cachola nem devo ter sentido. Será? Mistério.
Mas vamos pros comentários, que são a alma dessa série aqui do site.
Gente! Não conhecia essa tal de cinetose que a leitora Mariani falou no destaque acima (“cine” eu já sabia que significa “movimento”). Fui no Google dar uma pesquisada e achei a resposta no site do renomado hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Segundo ele, a pessoa acometida com cinetose passa mal quando anda em algum meio de transporte ou diante de alguns movimentos atípicos do corpo. Também é conhecida como a “doença do movimento” ou o “mal do movimento”.
O sistema nervoso central combina as informações colhidas pela visão, pelo tato e pelo labirinto (localizado na orelha interna). No entanto, se houver conflito no registro dessas informações, nosso corpo pode reagir desencadeando a cinetose, explica o professor de Otorrinolaringologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e otorrinolaringologista no Sírio-Libanês Maurício Malavasi Ganança.
Lembrei agora de uma querida tia, que sempre desembarcava “botando os bofes pra fora”, vomitando horrores. Vai ver que a coitada tinha isso e não sabia.
Mas vamos em frente. A leitora Ana (não deixou sobrenome) diz que ama viajar e admira tudo que envolve a aviação, mas depois de passar por algumas situações bem desagradáveis criou um medo irracional de voar. Na segunda vez que voou, decolando de Miami (EUA), é que o bicho pegou com força. “Tinha um furacão chegando na cidade e o voo quase foi cancelado. Mas não foi. Foram quatro horas de turbulências terríveis, o avião ‘perdeu sustentação’ com aquela sensação de queda por duas vezes. A impressão que deu foi que o piloto lutava pra manter (a aeronave) no ar”, comentou Ana no site. E eu aqui pensando: help! Imagina só, Ana não tinha nem muito parâmetro para saber o que é “normal” em um voo e o que não é, era apenas o segundo voo da moça e ela já saiu assim aterrorizada. Furacão, pessoal? Furacão? Pegaram pesado demais com a panicada.
Cara Desirée, realmente, um avião se chacoalhando todo não deve ser o melhor dos lugares para ter um ataque de pânico. Complicado!
Quem também passou maus bocados e dividiu sua experiência conosco foi Camila Barreto. Na primeira viagem internacional, para a Europa, ela enfrentou turbulências leves a moderadas, e o desconforto (para não dizer terror, né?) durou praticamente todo o voo. “Nesse dia rezei para chegar (viva), agradeci por ser um voo curto. Olhava pela janela e só via nuvens o tempo todo, mesmo sendo a noite. Estava com meu namorado e alguns conhecidos no avião. Eles não ficaram confortáveis, mas não ficaram como eu, que cheguei a chorar quando pousamos”, conta Camila, que acredita ter sido justamente aquela experiência o começo do trauma com aviões.
Edna Rodrigues também passou no rivotravel para deixar seu testemunho. Turbulência a deixa em pânico. Ela é do Rio de Janeiro e uma vez foi com familiares levar a neta ao parque de Beto Carreiro, em Camboriú (SC)). Na volta, saindo do aeroporto de Navegantes, passaram por um sufoco. Detalhe: era a primeira viagem aérea dela e da nora. “Pegamos uma turbulência terrível. De repente a aeronave desceu, minha cabeça rodou. Eu cheguei a desfalecer, pois sou cardíaca e me senti muito mal. Minha neta chorou muito. Minha nora, então, barraqueira… Ai, Jesus, que dia! O material da cozinha caiu todo (no chão), copos, bandejas e tudo mais que havia nela, aquele barulho horrível, todos de olhos arregalados. Confesso que foi um dos piores vôos de minha vida”, relata.
Meu Deus, o pessoal aqui está super azarado, só pegando estreias bem punks! Desejo mais sorte para elas. Aliás, sorte para todos nós, né? Ah, e para terminar, deixo aqui o mantra de todo panicado: turbulência, por mais forte que seja, não derruba avião. Nem mesmo aquelas que jogam tudo e todos pro ar, que deixam nossos corações na boca e tiram nosso ar. Tecnologia avançada dá nisso. O resto é fruto de nossa imaginação. Pena que nossa imaginação é fértil, não é mesmo?
Quer saber mais sobre turbulências? Compilamos muito do que já foi discutido aqui no site na matéria a seguir! É só clicar no botão abaixo da imagem. Boas leituras!