Repeteco: TAP Air Portugal entre as empresas aéreas mais seguras de 2023 (sim, a notícia é nova)

Pois é, a TAP Air Portugal conseguiu mais uma vez figurar entre as dez companhias que mais oferecem segurança aos passageiros, ocupando uma honrosa sexta posição. E o curioso é que essa relação já é super hiper atual, pois é a de 2023. A Airline Ratings, site especializado em ranking aeronáuticos, divulgou agora a tão almejada lista. A gente já tinha contado sobre a TAP e os critérios da seleção duas semanas atrás, na matéria “TAP Air Portugal entre as empresas aéreas mais seguras de 2022 — e isso é ótimo para os panicados” (que você pode ler aqui).

 
 

É muito curioso que as mais seguras de 2023 sejam divulgadas no começo do ano, mas enfim, cada um com sua loucura. Os pontos analisados pelos avaliadores continuam o mesmo: acidentes graves nos últimos cinco anos, incidentes graves nos dois anos anteriores, auditorias de órgãos dirigentes da aviação e associações, idade da frota, análise especializada de treinamento de pilotos e protocolos para frear o contágio do Covid-19. “Todas as companhias aéreas têm incidentes todos os dias, e muitos são problemas de fabricação de aeronaves ou motores, problemas não-operacionais da companhia aérea. É a maneira como a tripulação lida com esses incidentes que determina uma boa companhia aérea de uma insegura”, disse à imprensa Geoffrey Thomas, editor-chefe da Airline Ratings.

Analisando os nomes da lista, um dado curioso. As cinco companhias aéreas mais seguras de 2022 foram, na ordem: Air New Zealand, Etihad Airways, Qatar Airways, Singapore Airlines, e TAP Air Portugal. Neste ano, a sequência se repete, mas com uma mudança. A australiana Qantas figura no topo agora, empurrando todas as outras uma posição para baixo. A portuguesa continua como a europeia com melhor colocação, deixando para trás grandes nomes como Air France, British Airways, KLM e Lufthansa.

Na matéria do fim do ano passado, falamos sobre as melhores de 2022. Faltou justamente a Qantas, que agora sobe no lugar mais alto do pódio. Então vamos fazer um resuminho. Em junho de 2019, publicamos uma matéria aqui no rivotravel na qual falamos um pouco sobre ela, a “Você aguentaria passar quase um dia inteiro em um único voo?”, e que você pode ler aqui). Na matéria, falamos sobre o desejo da empresa — cujo país de origem fica meio “isolado” dos maiores polos de origem de turistas— de ter voos diretos para cidades como São Paulo. Falta apenas um avião que tenha a capacidade de ligar distâncias tão grandes sem a necessidade de parar para reabastecer.

 

Boeing 747 da Qantas pousa em São Francisco, nos EUA, em 2018. Crédito: Colin Brown/ Creative Commons

 

Nos continentes americanos, a empresa atualmente voa para Los Angeles, Dallas e Honolulu, nos EUA; e Santiago (Chile). Para a capital andina, inclusive, o voo era feito por um maravilhoso 747; agora, usa um 787. Buenos Aires também já ocupou a lista de rotas da empresa, mas o voo foi cancelado. E está prevista para 14 de junho deste ano o início da rota Sydney — Nova York (com uma escala em Auckland, na Nova Zelândia). A Qantas já realizou voos de testes entre a cidade australiana e a megalópole norte-americana, porém sem a ocupação máxima dos assentos. Um voo direto, com capacidade cheia do avião (passageiros, combustível, bagagens e carga), só em 2025, quando a Airbus deve entregar uma versão do A350 com autonomia para cumprir a jornada. Será o voo mais longo do mundo, com mais de 20h de duração.

A empresa aérea nacional australiana foi fundada em 16 de novembro de 1920. Seu nome era Queensland and Northern Territory Aerial Services Limited (vem daí o Qantas). Ela voava com dois aviões Avro 504, biplanos monomotores a hélice usados na Primeira Guerra Mundial, que havia terminado dois anos antes.

A meta inicial era conectar o país da Oceania, que possui dimensões continentais. Mas, no começo, transportava apenas carga postal. O crescimento logo veio, e uma década depois já estava atuando na rota para Singapura. Em 1959, com a chegada do revolucionário Boeing 707, iniciou sua expansão global. Foi a pioneira em voos transpacíficos a jato. No começo dos anos 1970, recebia sua primeira Rainha dos Céus, como foi apelidado o Boeing 747 (que se tornaria uma marca da empresa nas décadas seguintes).

Uma grande companhia que merece a medalha de ouro. E a pintura da fuselagem dos aviões é tão bonita, não acham? Eu amo.

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