Arquivo rivotravel #04: Acidentes aéreos — aprendizados, histórias e aerofobia
Acho que no fundo todo mundo tem medo de voar, pelo menos em algum grau. Uns podem ter mais clareza de que voar é seguro, sim, e que um revés durante o voo é tão raro e improvável que não justifica o pavor, a ansiedade, a perda da tranquilidade e do controle. Mas acredito que láaaaa nas profundezas sempre habita uma centelha (no meu caso labaredas imensas mesmo — chamem os bombeiros!), um friozinho na barriga quando pensamos em acidentes aéreos. É um assunto que sempre provoca comoção. A queda de um avião nunca é algo que passa batido pelos noticiários — creio que não só pela raridade da ocorrência, mas também porque é algo que dialoga com esse temor que existe dentro de nós. Os sentimentos que emergem são muitos: aflição, curiosidade, até mesmo fascínio para alguns… Prova disso é que volta e meia estamos falando sobre acidentes aéreos aqui no rivotravel. Foi pensando em reunir matérias em torno de determinados temas que foi idealizada a série Arquivo rivotravel. Desde 2017 escrevemos sobre medo de voar, viagens e aviação, e nos parece importante olharmos para esse acúmulo de informações e pensarmos em novos modos de apresentar tudo isso para vocês, leitoras e leitores. Já falamos sobre os dados que evidenciam a segurança de se viajar de avião, o porquê de nos interessarmos tanto por acidentes aéreos, a história por trás de muitos destes acidentes, com ou sem vítimas fatais, e o quanto o setor aprende com os erros do passado para proporcionar uma experiência cada vez mais segura para todos nós. Vamos iniciar então? Vem que até dica de filmes e livro tem na seleção de matérias que fizemos!
2019: um dos anos mais seguros da história da aviação — e o futuro é ainda mais esperançoso (PUBLICADA EM abril ∙ 2020)
Esta é a matéria até então mais recente do rivotravel que traz dados sobre segurança em voos — e eles são ótimos! Como diz o título: 2019 foi um dos anos mais seguros da história da aviação. Na data de sua publicação estávamos no começo da pandemia do novo coronavírus. “Os aviões estão a maioria em solo, sem operar, devido ao fechamento de fronteiras ou ao medo de viajar em plena pandemia do covid-19. Então, qual é o motivo para comemorar em meio a tal cenário, sobretudo quem tem medo de voar? O fato é que a aviação está se tornando cada vez mais segura. As mortes em acidentes com aviões comerciais caíram mais de 50% em 2019. Foram 257 mortes no ano passado, contra 534 em 2018.” Para esta matéria escutamos professores e pesquisadores de universidades brasileiras, e o resultado foi bem bacana — muitas contribuições acerca da segurança na aviação comercial e ocorrências dos acidentes aéreos, que sempre levam a investigações e aperfeiçoamentos na indústria aeronáutica.
Curiosidade por desastres aéreos: isso existe e é comum entre panicados (PUBLICADA EM agosto ∙ 2017)
Por que alguns de nós nos interessamos tanto por acidentes aéreos, hein? As histórias por trás, registros, relatos, publicações, documentários feitos daqueles mais marcantes em nossa memória coletiva... Que estes acidentes despertam a curiosidade das panicadas e panicados é um fato bastante inusitado, mas muito real. Nesta matéria conversamos com algumas pessoas que, assim como eu, têm medo de voar, mas pelos mais variados motivos sempre estão de olho quando o assunto é acidente aéreo.
Acidente com o voo Varig 254: trinta anos de um avião esquecido na selva (PUBLICADA EM setembro ∙ 2019)
Na ocasião da publicação desta matéria, em 2019, fazia trinta anos deste que é um dos acidentes aéreos mais emblemáticos já ocorridos no Brasil. Impossível esquecer do voo 254 da extinta companhia Varig, que caiu no meio da selva amazônica e mobilizou o país, em setembro de 1989. O texto aborda muito essa memória, tocando também no grande interesse que esse desastre tão impactante nos provoca até hoje — e não à toa segue como umas matérias mais lidas do rivotravel, com milhares de acessos mensais.
Livro "Ninguém ficou para trás — A operação de busca e resgate do Voo 1907" (PUBLICADA EM junho ∙ 2017)
Outro acidente aéreo ainda muito vivo em nossa memória coletiva — e também muito buscado por quem se interessa sobre o tema: o Voo 1907. “Eu me lembro perfeitamente onde estava quando fiquei sabendo do “desaparecimento” de um avião da Gol em 2006, no norte do Mato Grosso. Aquilo me marcou muito, uma vez que eu estava a uns dias de uma viagem de avião — e quem é panicado como eu sabe como um acidente aéreo mexe com a alma da pessoa. Eu sei, eu sei que desastres assim — apesar de sempre terríveis — acabam contribuindo para deixar a indústria da aviação mais segura — afinal aprende-se muito com os erros. Mas fazer o quê? Pânico é pânico. E aeronave “desaparecida” nessas horas é quase um eufemismo. Avião não é Mestre dos Magos. Eles não desaparecem, eles caem!” A matéria do rivotravel parte do livro Ninguém ficou para trás, da jornalista Maria Tereza Kersul — que se encontra esgotado no momento, com alguma frequência recebemos mensagens dos que querem adquirir uma cópia (alô, editora rs) —para contar como foi que tudo aconteceu. “O livro da jornalista foca bastante no processo de recuperação dos restos mortais dos passageiros e tripulantes, bem como o de peças importantes para a investigação, como a caixa-preta e o gravador de voz da cabine”. Esta também é uma das matérias mais procuradas do site até hoje.
O medo aumenta quando alguém famoso morre em desastre aéreo? (PUBLICADA EM maio ∙ 2019)
Em maio de 2019 faleceu o cantor Gabriel Diniz, do hit forró/sertanejo “Jenifer”, vítima de um desastre aéreo. É sempre um baque quando alguém conhecido do público tem este destino, e isto motivou o rivotravel a abordar esse tema. Conversamos com uma neuropsicóloga e um psicólogo doutor em Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará (UFPA) para tratar do assunto com a complexidade que ele merece.
Há luz no fim da saída de emergência! (PUBLICADA EM agosto ∙ 2018)
Nem sempre acidente é sinônimo de tragédia. Em agosto de 2008, o voo AM2431 da companhia aérea Aeroméxico sofreu um acidente sem vítimas em Durango, México, logo após a decolagem — e todas as 103 pessoas se salvaram. A matéria comenta sobre esse momento crítico que é a decolagem, mas focando em toda a estrutura de segurança que existe. Sobreviver é possível, pessoal, mas calma que algo dar algo errado já é por si só muito improvável!
Há lugares no avião que dão mais chances de sobreviver? (PUBLICADA EM maio ∙ 2017)
Coisas que passam pela cabeça de quem é panicado: será que há um lugar do avião que ofereça uma chance maior de sobrevivência caso algo dê errado? Não vou mentir que penso nisso e acabei trazendo o resultado desta pesquisa nesta matéria publicada ainda no primeiro ano do rivotravel. Entrar nesse nível de paranóia está longe do que considero saudável para mim, mas… quer saber quais são os assentos mais favoráveis em caso de acidente aéreo? Vocês estão a um clique de descobrir!
O mundo de olho no Boeing 737 MAX 8: avião envolvido em dois acidentes em cinco meses (PUBLICADA EM março ∙ 2019)
Em 2019 um modelo de avião chamou a atenção do mundo por estar envolvido em alguns acidentes em um curto espaço de tempo. O Boeing 737 MAX 8 teve voos suspensos por diversas companhias aéreas na ocasião da publicação da matéria, e o texto conta como foi este processo. Atualmente algumas companhias aéreas têm voltado a operar com este modelo — a GOL retornou com o 737 Max desde dezembro de 2020, após esta retomada ter sido aprovada por órgãos de regulação do setor aéreo.
O 11 de setembro deixou algum trauma em você? (PUBLICADA EM setembro ∙ 2019)
Alguns acidentes aéreos traumatizam, como já foi abordado em outras matérias do rivotravel. Abordamos nesse texto as marcas que o atentado terrorista que sequestrou quatro voos — e pôs abaixo as torres gêmeas em Nova Yorke — deixou em toda uma geração de panicadas e panicados.
Meio século de 'Aeroporto', considerado o pai dos filmes de catástrofe (PUBLICADA EM dezembro ∙ 2020)
O cinema tem o seu lugar quando o assunto é tratar de temas cabeludos que mexem com as nossas emoções, não é mesmo? O rivotravel aproveitou o aniversário de 50 anos do filme Aeroporto, lançado em 1970, para falar deste que é o pioneiro do gênero cinematográfico conhecido como “filmes de catástrofe”. Falamos um pouco da trama, dos assuntos abordados e da repercussão deste verdadeiro clássico — recebeu dez indicações ao Oscar!
Como tive uma grande lição em um filme sobre acidente aéreo — e que está na Netflix (PUBLICADA EM outubro ∙ 2019)
Quer indicação de um filme sobre um acidente aéreo real que não teve vítimas fatais para nos encher de esperança? O rivotravel assistiu Sully, estrelado por Tom Hanks, e conta o que achou. ”O avião se chocou com um gansaral (eu realmente amei essa palavra) em um dos momentos mais críticos de um voo, que é a decolagem — justamente a parte que eu mais odeio em uma viagem aérea. Os dois motores pararam de funcionar. O piloto teve apenas segundos para analisar a situação e decidir o que fazer. Resolveu planar até um rio em uma das maiores cidades do mundo e ali pousar. E ninguém morreu nem saiu gravemente ferido!”. Relato de panicado vale mais!
Histórias de acidentes não fatais e o que eles têm a nos ensinar #01 / #02 / #03 (PUBLICADA EM agosto / novembro / dezembro ∙ 2020)
Como já foi dito, a indústria da aviação comercial costuma aprender com os erros do passado e se aprimorar, tornando a experiência de voar cada vez mais segura. E até mesmo quando a mínima coisa dá errado, sem chegar a causar a queda da aeronave ou fazer vítimas, muito já se aprende — é justamente sobre histórias de acidentes não-fatais que se trata esta série de matérias do rivotravel. Por enquanto contamos com três edições — e certamente vem mais por aí. A primeira delas, um caso ocorrido em 1982 com o voo da British Airways 9, quando as cinzas de um vulcão fez com que os motores da aeronave parassem de funcionar (vixe!); a segunda, o voo Air Transat 236 no ano de 2001, quando a aeronave começou a perder combustível durante o voo; e a última matéria da série até então, sobre um voo da British Airways 5390, em 1990, que após uma janela da cabine se desprender o piloto foi sugado pra fora e segurado pelas pernas até o co-piloto conseguir pousar. Tenso! Mas no final sempre tudo dá certo — e os aviões se tornam cada vez mais seguros para nós.