Feedback dos leitores #06 — O louco e divertido divã da caixa de comentários do rivotravel
Olá, caras leitoras e leitores (panicadas ou não). Essa seção do rivotravel nasceu a partir dos riquíssimos comentários deixados nas matérias do site. Pois achei por bem agrupar alguns deles, dividindo tudo por assunto. Hoje, o tema é “como tudo começou”. E lógico que a maioria dos relatos aqui destacados estão na matéria Panicado Day One, na qual eu conto sobre como (eu acho) surgiu meu medo de voar.
E começamos de forma bem cremosa com a internauta Nábila. “Parece que vc descreveu minhas sensações nesse post. Me sinto entrando num buraco sem volta. Meu medo começou após a queda do avião da Gol na mata do Xingu (voo Manaus–Brasília), quando soubemos na época que o tio do meu ex-namorado estava dentro do avião que havia caído. Pronto, a partir desse dia minha vida nos ares virou um inferno. Achei q eu era a única a sofrer desse eterno mal. No meu caso não há um ansiolítico e terapia que resolva. Já tentei de tudo. Mas espero que um dia isso se resolva dentro de mim. Grande abraço”
Cara Nábila, você não está sozinha nessa. Espero que um dia você consiga vencer essa batalha. E eu também desejo superar isso.
E abaixo podemos ler o depoimento de Andréa (que, assim como Nábila, não deixou sobrenome).
Curioso observar que ela cita um programa sobre desastres envolvendo aviões. Já fiz uma matéria aqui pro rivotravel sobre pessoas que amam ver coisas do tipo, pequenos documentários sobre casos reais. Eu era um deles. Hoje passo longe. Mas para quem se interessou pelo assunto, a matéria é a Curiosidade por desastres aéreos: isso existe e é comum entre panicados.
Quem nos brinda agora com a própria experiência é Nicole (gente, ninguém deixou sobrenome mesmo). “Cara, isso é terrível. Eu gosto muito de viajar, tem muitos lugares no Brasil e no exterior que eu gostaria de conhecer, porém só de pensar em entrar em um avião já me tira a vontade de viajar. Eu não era assim, começou uma vez que eu fui sozinha para a Europa e comecei a pensar que se o avião caísse eu nunca mais ia ver minha família (óbvio, né?)”. Ela continua dizendo que a viagem foi em 2012 e que embarcou em quatro voos, sentindo pânico em todos eles. Ficou cinco anos sem botar os pés em um avião, e quando voltou a voar, o medo só cresceu. Ela vive tendo pesadelos nos quais está em uma aeronave que cai, ou então que está passando por uma rua e começam a cair aviões por perto. “Ontem eu ouvi um desconhecido comentando que alguém que ele conhecia ‘já estava no ar’. Só de ouvir isso já me deu um mal estar. Pior que eu sei que andar de avião é seguro, mas não tem jeito. Pelo menos isso faz com que eu tenha medo ‘só’ nos dias anteriores, na decolagem e no pouso. Quando ele tá lá no alto eu fico relativamente tranquila, até com turbulência”.
Curioso isso. Eu também sinto medo “só” (amei o só entre aspas) nos dias que antecedem o voo, no momento do embarque e na decolagem. Quando está em altitude de cruzeiro eu fico de boa. Mas turbulência me deixa tenso…
E, para finalizar, o depoimento de uma pessoa anônima (vocês estão muito tímidos e tímidas).
Esse MD-80 que ela cita é um modelo de avião que a Alitalia usava (aposentou todos uns anos atrás) e que ainda é usado no EUA, um dos países com maior fiscalização de segurança aeronáutica. E se por lá é permitido, então é seguro o bicho. Mas entendo demais o relato de nossa mamãe anônima. Ele mete um pouco de medo. Aliás, mulheres que “estrearam no pânico de voar” com a maternidade, uma sugestão: ler a matéria Mamãe a bordo: quando junto com a maternidade vem o medo de voar.
Até a próxima! E deixem comentários aqui, pra alimentar minhas matérias futuras.
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